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VW Passat GTS Pointer 1988 preparado

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  • 8 de julho de 2010

Em setembro de 1986 a revista Motor 3 publicou um comparativo entre os grandes esportivos nacionais do momento equipados com motor de 1.8 litro: Gol GT, Monza S/R e Passat GTS Pointer.

No final, o último parágrafo declarava: “Como deu pra ver, enquanto falamos de esportividade (desempenho geral) o Passat destacou-se dos demais”. Aliás, lendo a matéria toda foi possível notar que o fastback deixou os adversários para trás em aceleração e velocidade máxima.

Quando o destaque dessa semana, ano 1988, chegou ao local das fotos, logo provocou curiosidade geral. Alguns passavam bem devagar, outros abaixavam o vidro tecendo elogios e outros ainda paravam na calçada para dar uma olhada. Realmente, como era previsível, os esportivos da década de 80 vêm ganhando seu lugar – merecido – ao sol.

Ronnie Oyama é o quarto dono e não esconde sua paixão pelo modelo. Ele me contou que há muitos anos teve um parecido, só que 1986. A cor vermelho Tornado realça seu espírito esportivo e dá um ar fantástico de jovialidade ao modelo. É como se o tempo não tivesse passado.

Mas ele passou. E isso é ótimo. Por trás do aspecto original se esconde um bólido adormecido, com detalhes de mecânica e acabamento que dariam inveja a qualquer colecionador de máquinas alemãs ou italianas. A começar pelo som, o melhor dos anos 80, com toca-fitas Pioneer KEX-65, antena elétrica Truffi e alto-falantes 6988, também da Pioneer. Gostou? E ainda tem mais.

Olhando com atenção é possível notar que há algo diferente com as rodas. “Elas são originais, mas customizadas, agora aro 15 e tala de 7 polegadas”, ressalta. O pacote de rodagem conta também com pneus semi-slick R888 da Toyo e amortecedores Koni. Abri a porta e notei os belíssimos bancos Recaro, agora revestidos em couro. E o painel, com mais surpresas…

A expressão “bólido adormecido” vai fazer sentido agora. O carro passou pelas mãos de Eduardo Keller, da Keller Preparações, e ganhou fôlego extra. “O motor é 1.8 a álcool, comando de 288º, escape 4x2x1 em inox de ponta a ponta e injeção Fueltech com 4 ITB’s (Individual Throttle Bodies)”, revela. A potência medida no dinamômetro foi de 171,3 cv e 22,8 kgfm de torque a 4.200 rpm. O capricho no acabamento do painel simula um porta-fitas e esconde o visor eletrônico do sistema. Nota dez.

A coisa mais legal da injeção é justamente dar uma aparência clássica ao cofre – com as famosas cornetas – mas ao mesmo tempo manter o carro funcionando como um relógio, graças à tecnologia, sem a necessidade de cuidados extras que um carburador exige. Em uma pisada mais forte, por exemplo, o ronco é idêntico à versão carburada, como se os Webers estivessem sugando o ar. Em outras palavras, música para os ouvidos de qualquer apaixonado por automóveis.

O Ronnie me disse ainda que certa vez a esposa até perguntou quando ele iria trocar o Passat. “Nunca”, ele respondeu categoricamente. E tem mais. “Meu filho, que hoje tem 7 anos, ainda vai aprender a dirigir neste carro. Eu prometo”. Então, até a próxima semana!

Fonte:
www.garagemdobellote.com.br
Texto e imagens: Renato Bellote
Vídeo: Youtube

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