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Noite do Maverick 2015 – Auto Show Collection

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  • 11 de fevereiro de 2016

A Noite do Maverick 2015 trouxe cerca de cem exemplares raros e customizados na pista do Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. O desfile foi organizado no dia 16 de junho em conjunto com o Clube do Ford V8, dentro do evento Auto Show Collection, que acontece todas as terças-feiras por lá.

Quem abriu o desfile foi o carro madrinha do clube, um F100 furgão 1961, dando espaço para modelos nacionais e importados do Ford Maverick que vieram de todo o Estado mas também do Paraná e Minas Gerais. Na apresentação, foi contado a história desse modelo de sucesso mas também um pouco da história de seus proprietários.

O Maverick teve mais de 2,5 milhões de carros vendidos em todo o mundo desde seu lançamento, em abril de 1969. Um modelo criado como alternativa do Mustang devido a crise da época. Inclusive, neste mesmo ano foram vendidas mais unidades que o tradicional V8. Aqui no Brasil a versão coupé era a favorita, já a sedã representou apenas 10% da produção nacional. Naquela época ainda se faziam versões diferentes com tamanhos diferentes, onde o 4 portas ganhava mais espaço e mais comprimento.

Vários carros customizados, desde 4 a 8 cilindros, chamaram atenção do público pelo estado de conservação. No início desfile foram apresentados dois exemplares norte-americanos, um 73 (preto e branco) e outro 76 (verde), ano em que a indústria automotiva foi obrigada a melhorar os impactos nos para-choques dianteiros, além de outros itens de segurança.

Esse preto e branco em especial é um modelo muito raro, versão conhecida como Maverick Stallion, o único existente no Brasil e um dos poucos encontrados pelo mundo, já que sua fabricação se manteve por apenas um ano. Desfilou também uma perua do Maverick, equipada com motor V8 mas com sua carroceria feita pela Souza Ramos (na época), por isso, seu custo acabou ficando caro e sua produção foi bem reduzida.

Não podia faltar também o famoso GT, o modelo mais completo do Maverick e com motor V8 vendido aqui no Brasil, sua série fez bastante sucesso e tinha alguns diferenciais dos modelos standards. Um dos carros que estava no desfile (amarelo) ainda tinha faixas pretas e pneus esportivos de época, criados para os recém nascidos Muscle Cars.

Algo comum nos anos 60 e 70 eram os tetos com vinil, o Maverick teve algumas versões equipadas com esse acessório e tinha um na pista na cor areia, modelo muito difícil de ser encontrado.

Um fato interessante sobre os diferentes motores é que, sempre houveram algumas discussões em se fabricar motores 4 cilindros para o Maverick, o que muita gente não entende é que foi uma necessidade da época, mesmo com a crise do petróleo ainda era possível rodar em grande estilo sem gastar muito combustível.

Prova disso foi a presença de um Maverick coupé 4 cilindros, motor 2.4L-OHC, que rodou mais de 700km até o evento, participou do desfile e deixou todo mundo de boca aberta quando descobrimos que fazia cerca de 11,6 quilômetros por litro, confirmando as lendas do passado e gerando algumas dúvidas sobre nossos 1.0 atuais.

Esse mesmo motor teve uma história interessante, a fábrica da Ford em Taubaté (SP) foi construída exclusivamente para desenvolver o projeto desse motor. A tecnologia acabou se tornando mundial em veículos da Ford e foi vendido com turbo até alguns anos atrás.

Neste dia, no stand do AutoCustom estavam uma Captiva e um Impreza que já foram registrados por nossas lentes. Para consultar as datas dos próximos eventos acesse nossa agenda. Acompanhe também pelas redes sociais.

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Pardo
11 de fevereiro de 2016 16:33

E o fato é que nunca mais a indústria automobilística brasileira fez carros como Opala, Maverick, “Dojão” e Galaxie/Landau, por isso é que, mesmo passados quase 40 anos depois do fim da fabricação desses, eles ainda são cultuados até hoje assim como são cultuados muitos outros antigos brasileiros. E uma curiosidade sobre esses Mavericks com para choques quadrados, mesmo nos Estados Unidos, ao contrário do que nós pensamos, eles são difíceis de ser encontrados, pois eu troquei ideia com um americano e ele disse que mesmo lá, o mais comum são para choques redondos, como os “nossos” brasileiros, embora tenha… Ver mais